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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A euforia da Hiena e o cansaço do velho Bisão...

Boa noite comunidade sovelhense!!!

"Tô mal pô... tô mal"
É com a cansada frase de nosso geriátrico presidente Beleza que começamos nossos trabalhos desta semana.

Mudaram-se novamente nossos ares. Esta semana estreamos em uma nova arena futebolística. A fase Europa foi curta e, honestamente, não muito agregadora de novos valores ao nosso time que continuou com seu futebol aracnídeo. Porém agora o tempo de blasfêmia aos deuses do futebol é bem maior, ou seja, a dose semanal de atrocidades cometidas contra a inocente pelota ficou maior para alegria de nossos expectadores. Apesar de não haver nenhum expectador, pois esqueci-me de divulgar aos quatro cantos que a mixórdia que chamamos de futebol mudou de local. Acredito que nossos fiéis seguidores estarão presentes no próximo embate. Caso não, menos vergonha alheia para nós mesmos. Agora nossa arena é mais humilde, porém tem tudo aquilo que julgamos extremamente essencial para a prática esportiva... O Bar. Sim, onde sentamos nossas carcaças cansadas após as partidas para enxovalhar uns aos outros pelas patéticas atuações em campo.

E por falar em carcaças cansadas vamos ao título de nossa postagem. Para quem acompanha nosso blog a algum tempo é sabido que observar nosso elenco assemelha-se a um safári pelas planícies africanas. Temos representantes das mais variadas espécies e famílias da vasta fauna africana. Desde os paquidermes gigantes até os ágeis suricatos. Mas a figura de que falaremos agora não é um espécime tipicamente africano e sim americano. O animal mais parece a mistura de um gnu, com um búfalo velho e um touro castrado, tem um  porte notável e uma cabeça descomunal. O Bisão Americano. E por ser um animal muito pesado e não ter a prática de cooper como uma característica pessoal de sua espécie, o pobre animal cansa-se facilmente após um breve período exposto ao ritmo que uma partida de futebol exige. E assim ocorreu com nosso digníssimo presidente Gilson Bisão Beleza. Após um breve momento jogando seu futebol conhecido por ser recheado de lançamentos, táticas, e cortes num movimento espasmódico de pés, nosso cretáceo atleta já não podia suportar tanto tempo em quadra. Mesmo poupando-se, correndo apenas o suficiente, o atleta-presidente já mostrava sinais claros de fadiga. A enorme cabeça adquirindo uma coloração entre o roxo-hematoma e o preto-necrose já indicava que em poucos minutos não poderíamos mais contar com nosso bisonte atleta. E assim se fez como previsto. O atleta jogou a toalha e abandonou a partida antes de seu término. Tomou seu banho semanal e espojou-se no bar, com sua companheira de anos ao seu lado... a sempre fiel cerveja. Não fique preocupado Beleza, nós todos compreendemos sua situação.

O outro lance do qual nosso título trata é no mínimo vexante. Numa partida em que tivemos uma bela lambreta aplicada pelo nórdico Luizinho Vicking em Bola Touro Sentado, um belo gol em velocidade de Brunheta Jaiminho, a última coisa que eu esperava era ser atropelado por uma hiena louca e sofrer um gol com aquela macabra gargalhada assaltando meus ouvidos. Tudo começou numa jogada banal na lateral do campo, onde os jogadores mais pareciam galinhas ciscando enquanto a bola ia de um lado para o outro. A bola sobrou para nosso famigerado Bruno Vodka Hiena, que em um lampejo de habilidade passou a bola por entre as pernas de seu adversário. Até aí nada de anormal, foi Luizinho Vicking a vítima da primeira caneta e o cara tem as pernas do tamanho do Empire State Building e quando as estica é capaz de atravessar o Canal da Mancha, logo o espaço para o drible não é nada muito difícil de encontrar. Entretanto na continuação do lance a Hiena Louca aplicou uma segunda caneta no cilíndrico atleta Bola, algo raro para alguém que já emanava sonoras gargalhadas. Então para evitar o tento do ébrio atleta parei à sua frente, em um local que me punha em rota de colisão com o bólido risonho, para obrigá-lo a desviar e então perder a chance de arremate e ainda dar o tempo necessário para que a defesa de meu time se recompusesse. Ledo engano. O atleta tal como uma hiena no cio perseguindo uma zebra indefesa pôs-se a acelerar em minha direção resultando em um atropelamento que em todos os campos de futebol do mundo seria considerado falta, porém quem estava responsável pelo apito era Pedrinho Magela Minhoca. Fui arremessado ao solo como se tivesse sido atropelado por uma mobilete desgovernada. E enquanto a bola sobrava livre para o hilariante atleta marcar o gol para seu time, toda a quadra era assediada pelo som da gargalhada tão característica de sua espécie.

Bem senhores(as) ficamos por aqui.
Um forte abraço a todos e até a próxima.