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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cara#$@! Alê!! Pára de Sacanagem!! Essa dacinh.. Eita Porra!!!


Boa noite sovelhenses do meu Brasil varonil!!!

Mais um sábado de prática futebolística se passou, e cá estamos para relatar as parvoíces cometidas por nossos aguerridos atletas, que, apesar de todos os mais sinceros dos esforços, não conseguem fazer com que nossas partidas não assemelhem-se a um enxame de vespas bailarinas remexendo-se ao som de Luiz Caldas.

Apesar da cena acima descrita ser uma descrição do quarto círculo infernal, nossa partida do último sábado desenrolou-se em um clima amistoso e ameno. Depois de alguns sábados de ávidas discussões, contundentes vendetas e ácidas conversas entre nosso plantel, este sábado foi de uma harmonia rara se comparada aos últimos confrontos. Todos os atletas respeitando as decisões do árbitro, sem cobranças extremamente incisivas entre os jogadores do mesmo time, até por que não adianta esbravejar com a água sendo que ela nunca será leite. Até mesmo na derrota, que o diga o time vermelho né Beleza?! (Rsrs), os jogadores não protagonizaram as habituais cenas de gritaria uns com os outros, tentando decidir quem é o menos pior da equipe. Enfim, os atletas estão de parabéns pela atitude demonstrada neste último sábado e esperamos que este clima amistoso perdure em todos os futuros encontros desportivos.

Quem é vivo sempre aparece, já dizia o velho deitado - Não se preocupem, Beleza está bem, não está deitado em uma cama se recuperando das dores que a idade gentilmente acresce em nossas vidas. E em nossa última partida um guarda-metas que andava desaparecido das quadras ressurge para alegrias de alguns e desespero de outros. Juninho compareceu a nossa partida e mostrou que o tempo afastado dos gramados... realmente fez uma falta tremenda. Praticou boas defesas, mas os toscos gols sofridos obliteraram estes lampejos de brilhantismo. Jogadas que comumente não resultariam em gols castigaram nosso obstinado arqueiro. De gol do meio da quadra a bolas que pareciam ter sido chutadas por uma criança de cinco anos tamanha a morosidade do arremate, castigaram Juninho, e, os times que o próprio defendia. Mas o pior foi quando em uma jogada de bola dividida, Juninho levou uma pancada na cabeça desnorteando-o. Más línguas dizem que a contusão foi apenas uma justificativa para a patuscada até então cometida. Entretanto, Juninho preferiu retirar-se para não agravar uma provável lesão. Para seu total desgosto a cerveja não estava gelada, logo sua saída precoce não trouxe-lhe a tão sonhada recompensa por seus esforços em quadra.

Outra situação que é digna de nota foi a percepção de que a vida imita a arte. Beleza Leleco Moedão, presidente de nossa agremiação, resolveu que jogaria no ataque de seu time, tal como Tufão, um dos principais personagens do folhetim global atualmente. As semelhanças entre os dois são duas. A primeira é que ambos são idosamente inaptos fisicamente para a prática do esporte. A segunda é Marcos Caruso. Na novela, Caruso faz a personagem de pai de Tufão, Leleco. Já nosso rotundo presidente É o Leleco. Com seus tênis coloridos, bermudas cintilantes e óculos na testa, Beleza é a versão varzeana da personagem!!! Mas, como dizem, idade é um estado de espírito e talvez por isso, Beleza sinta-se tão a vontade com seu jovial estilo, afinal não são alguns cabelos brancos, a calvície, a artrite, as fraldas geriátricas, as dores lombares, a dificuldade de locomoção, a falta de ar, a falta de sono, os problemas oftalmológicos e a falta de destreza com novas tecnologias que vão impedir nosso vovô-garoto de ser feliz não é mesmo? Sua contribuição no ataque foi decisiva para os resultados da equipe vermelha, que, resumidamente, sofreu a mais humilhante derrota na história do Sóvelho. 6 x 0. Beem time!!

Não posso eximir-me de ser enxovalhado pelos ridículos lances que protagonizei. Em determinado momento da partida, um lançamento foi feito para Thiago Mossoró, que sem dominar a pelota arremeteu com a planície que coroa sua cabeça para gol, encobrindo-me. Tentei a saída para abafar quando o giro fosse realizado. Fui imprudente, confesso, pois ora, se eu tivesse a cabeça com o potencial de quique de um pinball também arremataria direto a gol. E olha que de tamanho de cabeça eu entendo. A plana cabeça de Thiago Mossoró permite ao atleta aplicar cabeçadas para o alto com o impulso de um Pula-Pirata. Porém o mesmo atleta sofreu jogada igualmente vexante. Alê Frieira percebendo a saída precipitada de gol de Thiago Mossoró chutou por cobertura. Thiago realmente abandonou o gol em desabalada carreira, como se uma distribuição gratuita de "jirimum" estivesse sendo realizada do outro lado da quadra.

Mas nosso mastodôntico Fio garantiu que este blog não relatasse somente as aracnídeas apresentações de nosso time. Num momento de maestria Fio aproveitou uma bola espirrada e aplicou seu conhecido chute de trivela. Muitos podem pensar ao ler isso: "A bola deve ter ido parar na Lua" ou "Fio errou a bola, rodou em torno do seu próprio eixo e estatelou-se no chão". Digo-lhes que estão errados. A bola estufou as redes no ângulo!!! Depois de todos estes anos jogando Fio finalmente pode dizer que sua famigerada trivela resultou em um golaço. A bola foi tão corretamente chutada e o lance de uma plástica tão grande que todos ficaram, por alguns segundos, estupefatos e sem reação ante tamanho vislumbre. Imaginem um rinoceronte em debandada chutando um tatu-bola com uma força indizível e este tatu-bola entrando inadvertidamente dentro de uma casa de joão-de-barro. É... eu também ficaria pasmo.

Se acharam o lance acima surpreendente, esperem o que os reserva esta leitura.
Alê Dancinha da Motinha Frieira é conhecido em nosso plantel por sempre, eu disse sempre no sentido literal da palavra, quando em posse de bola, ficar dançando tal como uma chacrete enraivecida por sobre a pelota. Quem vê a cena pela primeira vez, pensa se tratar de um ritual maia, ou uma espécie de frevo epiléptico. O fato é que além da patética cena, nosso dançante atleta nunca finaliza em gol. Prefere tocar a bola ou realizar seus ritos por mais 37 minutos até que um adversário o tome a esférica. O fato é que na última partida Alê Dança Maluca Frieira protagonizou uma jogada digna de mudar sua alcunha. Quando todos esperavam mais uma presepada que lhe é peculiar, Alê Frieira aplicou uma "chaleira", "mexicano", "lambreta" como bem queiram em Neymar Barriga - que estreava como jogador de linha neste dia - e sem deixar a bola tocar o solo arrematou ao gol, fazendo um gol digno de placa. Contra as expectativas de todos, Alê Falcão Damião Frieira protagonizou uma das jogadas mais bonitas da história do Sóvelho, e agora entrou para o rol das jogadas menos piores do clube. Pelo menos vejamos se a jogada irá exorcizar o espírito inca que o possui toda vez que está com a pelota sob seu domínio.

É isso senhores(as) se tiveram paciência de ler até aqui, parabéns!!!
Que o próximo sábado venha e com ele as mesmas jogadas esdrúxulas que tanto nos fazem rir.

Um abraço!!

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