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terça-feira, 1 de maio de 2012

Zeca!!!! ou seria Zetti?!?!

"Inacreditável!!!"
"Fenomenal!!!"
"Minha Nossa Senhora!!!"

Não posso citar os autores das frases que iniciam nosso blog, simplesmente pelo fato de todos os presentes em nosso imbróglio futebolístico deste sábado urraram em uníssono ante o milagre perpetrado por nosso aguerrido guarda-meta Zeca Mãozinha, a lenda!!! (rsrs).

Boa noite comunidade sovelhense!!

Sei que muitos podem estar estranhando esta postagem tão precoce. Não os culpo, todavia, pretendo tornar tal atitude um hábito, justamente pelo fato de minha memória já não estar na plenitude de outrora, os efeitos da idade começam a se manifestar, dentro em breve terei de levar o notebook para quadra, pois ao chegar em casa não consigo lembrar de nada que aconteceu em quadra, algumas horas antes!!! As cervejas que amiúde são consumidas after game em nada tem a ver com a amnésia (rsrs).

Apesar do feriadão, pudemos contar com boa quantidade de atletas em ação hoje. Não que isso seja de alguma valia, afinal a máxima: "Quantidade não é qualidade" é cabalmente aplicável ao nosso clube (rsrs). Sei que temos muitíssimos leitores (Ah vá!) e de modo consuetudinário friso as diminutas aptidões de nossos jogadores para a prática do esporte que é paixão nacional. Mas hoje tivemos provas vivas desta irrefutável "pau-de-pernice". Um dos dribles mais emblemáticos que temos em nosso clube é o famigerado chapéu, lençol, balãozinho, enfim, o drible que consiste em passar a bola por sobre o adversário. Por ser uma tarefa árdua alçar a pelota por sobre corpos de proporções imensuráveis, corpos que rivalizam com planetas no quesito massa (rsrs), além da outra característica que corroborou para tornar o frívolo drible em algo inexequível em nosso plantel: O simples fato da manobra exigir o mínimo de habilidade pelo paquiderme que a intentar (rsrs). Contudo nosso dançante atleta Ebert Happy Feet, foi vitima da cólera da arena onde nossas batalhas semanais são travadas. Isso mesmo!!! A quadra, revoltada com a parvoíce de alguns atletas resolveu ensinar-nos como se aplica um perfeito chapéu!!! Em uma bola espirrada no meio da quadra, Ebert Pés Dançantes foi como um touro bravo toscano para cima da bola, neste momento a quadra antevendo a estrambólica consequência e para regozijo dos expectadores, lançou a bola por sobre o bólido que passara e atende pela alcunha de Ebert Happy Feet, de modo primoroso, magistral. Mas nem só de patuscadas vive nosso rematado clube. Alguns lances célebres também ocorreram, tal como o belo gol de Samuca Pé de Chumbo num petardo lançado do meio da quadra que atingiu o ângulo da meta, ou ainda o gol de falta do liliputiano atleta Gabriel Farquaad. Até mesmo o tento de calcanhar marcado por Aquático Olinda, mesmo a cena tendo remetido ao coice de uma mula enfurecida, e também, por que não falar do gol de cabeça do tonitruante Marcelo Poderoso, que com um jogo de corpo deslocou o também descomunal Luizinho Vicking e testou firmemente a esférica para as redes, a força do impacto de tamanhas massas gerou uma onda de impacto que provocaria um tsunami devastador, graças aos deuses do futebol nossa quadra não está no nível do mar (rsrs). Outro atleta que deve ter provocado a ira dos deuses do futebol foi o recém-contratado Fernando. Em um lance ordinário, sem maiores possibilidades de desastre, um lance tão comum quanto o chute inicial das partidas, Fernando Velocípede percebendo a elevação da bola após dividida aplicou uma bicicleta como nunca antes vista na história gloriosa do Sóvelho. Nunca vimos tamanha bizarrice, se aquilo foi uma bicicleta ela estava com os dois pneus furados, o quadro rachado, o guidão folgado e os pedais quebrados (rsrs). O atleta alçou uma de suas patas pernas ao ar com a destreza de um ornitorrinco com Parkinson, sem tirar o outro pé do chão, depois de malbaratar a bola - como já era de se esperar - o estabalhoado atleta caiu sentado ao solo, e quase virou uma cambalhota para finalizar a sandice.  A explosão de gargalhadas após pífia cena foi ensurdecedora (rsrs).
Quem encomendou uma estatística para justificar a famosa balançada negativa de cabeça foi Henrique Cachorrinho de Pára-Brisa. Em um determinado momento da partida ele pediu-me para que contabilizasse o número de vezes que ele tocaria a bola de maneira rápida e, ou não a receberia de volta, ou o lance seria risivelmente desperdiçado, afinal ele queria que todos soubessem que a sacudidela não é em vão. Que todas as vezes em que vimos o movimento característicos daqueles bibelôs automotivos são por alguma razão. Resolvi atender a súplica de nosso sacolejante atleta. Mais de 11 jogadas que Henrique passou a bola rapidamente e não recebeu a pelota novamente para tentar finalizar em gol. Vejam, não contabilizei as vezes em que o atleta tal, como uma enceradeira, domina a bola, olha, dribla, passa os pés por sobre a bola, bebe uma água, pede falta,sacode a cabeça, etc, etc, etc. Por onze vezes o atleta via as jogadas por ele construídas serem destruídas pela mesquinhez ou pura falta de habilidade de seus companheiros. Por isso senhores, quando virem o movimento de cabeça novamente em quadra, atentem-se! Vocês podem ter sido o pivô da sacudidela (rsrs).

Nota trágica: Fio, improvisado na função de guarda-metas, machucou-se após tentativa de defesa. O descomunal jogador apoiou todo o seu inconcebível peso em uma das mãos e acabou por machucar o ombro. Ora, como uma simples composição óssea poderia suportar o peso de um rinoceronte? (rsrs). Força Fio.

Agora vamos a jogada que dá título a nossa postagem.
A jogada que inspiraria todos os goleiros do mundo a serem pelo menos mais esforçados (sem comentários sobre performances recentes dos goleiros do campeonato paulista OK?)
A jogada que por infortúnio não estava sendo gravada para ficar para posteridade de nosso clube.
A jogada dele... Zeca Polvo Maluco Mãozinha!!!

Após muitos sábados de escárnio, troça, chistes e as mais variadas formas de chacota, Zeca Mãozinha provou seu valor. Com a humildade de um monge tibetano, Zeca sempre escuta os disparates de seus companheiros de equipe sem nenhum tipo de revide. Tanto pelos gols que sofre, quanto pelo modo peculiar como Zeca faz a reposição de bola (a famosa dança tribal de oferenda que assemelha-se ao frevo) nosso belígero arqueiro sempre é alvo da ira despropositada de alguns jogadores. Porém neste sábado, Zeca foi protagonista de um dos lances mais incríveis já vistos em nossa arena futebolística. Boy recebeu uma bola dentro da área, desprovido de marcação, tendo apenas a meta e o nosso relutante goleiro à sua frente, e chutou. Neste momento o tento para sua equipe já eram favas contadas. Mas o cosmos então desacelerou a velocidade normal dos eventos. O olhar animalesco de Zeca encarando a bola, a vibração dos expectadores boquiabertos com a cena que desenrolava-se perante seus olhos, a expressão de descrença de Boy, tudo acontecia como cenas sobrepostas em slow motion. O som do chute. O mundo voltando a sua velocidade normal. E o primeiro milagre de Zeca. Bravamente nosso arqueiro defende com a caixa torácica a pelota chutada a queima roupa. Frustrado em sua primeira tentativa e com Zeca prostrado ao chão, resultado do primeiro milagre, Boy arremete pela segunda vez a bola certo do gol, todavia Zeca Mãozinha faz o impossível novamente diante de nossos olhos!!! Pela segunda vez pega o chute de Boy!!! Mas por ironia do destino a bola novamente é rebotada para Boy, e nosso destemido arqueiro estava vencido ao chão. Então Boy sagazmente chuta a bola por sobre a carcaça vencida de Zeca. Mas para o espanto de todos aqueles que assistiam a épica cena, Zeca tal como um polvo felino paranoico obsessivo, estende todos os seus 32cm de braço e salva novamente e a meta!!! Urros vindos da plateia ecoam por toda a quadra, crianças choram devido a exuberante exibição de perícia clamando por seu novo ídolo. Idosos não acreditam naquilo que seus olhos cansados estão vendo!! Foi simplesmente indescritível. Entretanto, após o terceiro milagre Boy resolveu não se auto-humilhar e desistiu de chutar contra a Muralha Zeca e rolou a bola para um companheiro de equipe que tinha o gol livre a sua frente.

É isso senhores,
Este foi mais um relato de nossas parvoíces futebolísticas tão alegremente cometidas.

Uma boa semana a todos e até o próximo sábado.










2 comentários:

Anônimo disse...

Fico muito feliz quando não vejo meu nome citado neste blog.
O post está sensacional, parabéns a todos os contribuintes.

abraços.
Raphael (alemão)

Carioca disse...

Muito Obrigado Rapha...
Pelo menos uma pessoa leu essas baboseiras e comentou...
Depois reclamam quando eu não posto..ninguém comenta.. kkkkk
Acho que os velhos não conseguem distinguir as letras embaralhadas do anti-robô.. kkkkkkk