"Na hora em que fui parar não consegui frear"
É com a frase de nosso paquidérmico atleta Poderoso que abrimos os trabalhos nesta ensolarada sexta-feira!!! (Paquidérmico foi idéia de nosso atleta que fez as vezes de fonte esta semana, Aquático)
A frase acima foi dita logo após nosso carnavalesco jogador Aquático ter aplicado um humilhante drible em Poderoso que vinha tal qual um caminhão tanque desembestado em sua direção, e então Aquático sutilmente passa a pelota por entre
Há tempos atrás, e graças ao nosso litúrgico atleta Isaque Pastor, adquirimos uma pelota de incontestável qualidade. OK, para o futebol apresentado pelo Sóvelho um coco seco já seria de grande serventia, entretanto não poderíamos, com a nova pelota, atribuir a total falta de habilidade de nosso plantel ao fato da bola não ser de boa qualidade. (Rsrs) A partir de então a qualidade das partidas atingiu um nível melhor e ao mesmo tempo surpreendente. Passou do medíocre para o aceitável. (Rsrs) E todos estávamos felizes com a performance da nova bola - Exatamente... Não escrevi errado. A performance motivo do súbito contentamento comum entre os jogadores era a da bola mesmo, já a dos atletas... (rsrs) - Até que sobreveio o fatídico dia em que todos sentimos o chão esvaindo-se sob nossos pés. O dia em que nossos rostos perderam um pouco do brilho trazido pela nova "gorduchinha". O dia em que a bola, que tanta alegria nos trouxe, desapareceu. Sim senhores(as), nossa tão amada bola havia sumido sob nossos olhos. Tal como uma miragem que proporciona momentânea alegria quando vislumbrada pela primeira vez e subitamente transforma-a na mais amarga frustração.
Um sem-número de especulações sobre os possíveis destinos traçados por nossa pelota foram levantadas. Desde furtivas subtrações enquanto os atletas
" À essa cambada que acha que sabe jogar bola,
Eu era uma bola normal entre milhões de bolas daquele galpão. Todas vivíamos em igualdade dentro de nossas sacas e mantínhamos um clima harmônico. Gostávamos da companhia uma da outra, mas a ociosidade de estar ali era insuportável. Tanto que algumas de nós, as mais vulneráveis à males psíquicos, suicidavam-se retirando todo o ar de suas câmaras. E no meio daquele tenso clima, nenhuma alegria poderia ser comparada àquela quando o senhor de uniforme retirava uma de nós. Seria dali para o mundo. Não fazíamos a menor idéia, infelizmente, para onde estávamos indo, mas por mais que gostássemos umas das outras, nós seríamos jogadas!! Proporcionaríamos a alegria de várias pessoas simplesmente sendo quem éramos. Bolas.
Até que meu dia chegou. Na verdade nem vi que havia sido a escolhida até que fui entregue a um rapaz de bigode, com jeito de pastor evangélico. Fiquei efusivamente feliz quando em uma manhã ele me pegou me pôs no carro e me levou para o campo. Antes da partida, estava me sentindo uma garrafa de Coca-Cola no Saara. Todos me pegavam, olhavam, mexiam, reviravam, tentavam algumas embaixadas. Não podia conter-me de tão feliz. Até que o imbróglio que vocês chamam de futebol começou.
Chutes desnecessariamente fortes e completamente tortos me esmagavam contra a grade ou a mureta que circunda a quadra. Tentativas de dribles que fariam com que um polvo se sentisse o próprio Zidane ante tamanha barafunda. Pisões, que reduziam minha espessura a de um pastel de feira, e outras situações tão desagradáveis que a simples lembrança faz-me tremer de raiva.
Determinado dia minha fúria era tanta que decidi que iria fustigar o próximo que ousasse me tocar. Infelizmente era um goleiro. Pelo barulho que fez quando me choquei violentamente contra seu dedo acho que quebrei a mão do pobre rapaz. Peça desculpas a ele se o vir novamente.
Resolvi então que não poderia continuar ali, no meio daqueles trolls de chuteiras e calções. Decidi, por isso, fugir. Embalei-me em um jornal caído no chão e rolei até o primeiro aeroporto que encontrei. Esperei um avião de entrega e, enquanto os carregadores faziam seu trabalho escondi-me no trem de pouso da aeronave. Aguardei o momento em que o avião sobrevoasse algum campo de futebol para que eu me jogasse lá embaixo. A queda seria dolorosa, mas nada comparada às foices que vocês carregam no lugar das pernas.
Mas para minha sorte, hoje acredito ter sido, sofremos uma violenta turbulência e desequilibrei-me e acabei caindo em uma remota ilha no meio do Atlântico. Achei que estaria fadada a virar casa para algum tipo de crustáceo da ilha. Quando,repentinamente, alguém me ergueu, me olhou e me levou com ele.
Hoje sou parte da vida dele. Ele conversa comigo, pintou meu rosto, me colocou uma espécie de cocar indígena para que não sofresse com o calor dos trópicos, me deu até um NOME!!! Enfim. Sou tratada como uma verdadeira amiga.
Decidi mandar esta carta para que soubessem o que nós bolas sentimos quando somos maltratadas e esboroadas por ogros feito vocês. Já ouviram falar de futebol-arte? Pelo que sofri nos próprios gomos não. Aprendam que podemos ser um instrumento de alegria e prazer, mas quando queremos podemos ser cruéis com aqueles que fazem por merecer. Mando-lhes uma foto para saberem que estou completamente bem e feliz, agora, longe de vocês.
Desejo melhor sorte à minha sucessora.
Sem mais,
WILSON TOPPER e TOM HANKS
De Qualquer lugar numa ilha do Atlântico."
(Muitos Rsrs)
É isso senhores, com o mistério resolvido finda-se mais uma semana.
E amanhã senhores, preparem-se. É dia de futebol!!!!
Um grande abraço e até amanhã!!!!!!
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