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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O misterioso caso da bola desaparecida

Boa Tarde sovelhenses!!!

"Na hora em que fui parar não consegui frear"

É com a frase de nosso paquidérmico atleta Poderoso que abrimos os trabalhos nesta ensolarada sexta-feira!!! (Paquidérmico foi idéia de nosso atleta que fez as vezes de fonte esta semana, Aquático)
A frase acima foi dita logo após nosso carnavalesco jogador Aquático ter aplicado um humilhante drible em Poderoso que vinha tal qual um caminhão tanque desembestado em sua direção, e então Aquático sutilmente passa a pelota por entre seus eixos suas pernas. O que mesmo assim não fez com que Poderoso diminuisse sua desenfreada corrida. O que é totalmente plausível, pois, segundo Aquático Caixa D'água, como um corpo de tamanha massa poderia estancar destrambelhada corrida em tão diminuto espaço? Iria contra as leis da Física. (Rsrs) Todavia, falemos hoje de assuntos mais amenos, não focando nosso ímpeto maledizente em nossos estimados atletas. (Rsrs)
Há tempos atrás, e graças ao nosso litúrgico atleta Isaque Pastor, adquirimos uma pelota de incontestável qualidade. OK, para o futebol apresentado pelo Sóvelho um coco seco já seria de grande serventia, entretanto não poderíamos, com a nova pelota, atribuir a total falta de habilidade de nosso plantel ao fato da bola não ser de boa qualidade. (Rsrs) A partir de então a qualidade das partidas atingiu um nível melhor e ao mesmo tempo surpreendente. Passou do medíocre para o aceitável. (Rsrs) E todos estávamos felizes com a performance da nova bola - Exatamente... Não escrevi errado. A performance motivo do súbito  contentamento comum entre os jogadores era a da bola mesmo, já a dos atletas... (rsrs) - Até que sobreveio o fatídico dia em que todos sentimos o chão esvaindo-se sob nossos pés. O dia em que nossos rostos perderam um pouco do brilho trazido pela nova "gorduchinha". O dia em que a bola, que tanta alegria nos trouxe, desapareceu. Sim senhores(as), nossa tão amada bola havia sumido sob nossos olhos. Tal como uma miragem que proporciona momentânea alegria quando vislumbrada pela primeira vez e subitamente transforma-a na mais amarga frustração.
Um sem-número de especulações sobre os possíveis destinos traçados por nossa pelota foram levantadas. Desde furtivas subtrações enquanto os atletas enchiam a cara confraternizavam após a partida, até um possível acesso de amnésia alcoólica do desmazelado atleta que a teria tomado sob cautela. (Rsrs) Mas venho aqui dizer-lhes senhores que eu sei a verdade!!! E agora esclarecerei de uma vez por todas o trágico fim de nossa pelota. Transcreverei a carta de despedida da bola que me foi entregue, Segue:

" À essa cambada que acha que sabe jogar bola,

Eu era uma bola normal entre milhões de bolas daquele galpão. Todas vivíamos em igualdade dentro de nossas sacas e mantínhamos um clima harmônico. Gostávamos da companhia uma da outra, mas a ociosidade de estar ali era insuportável. Tanto que algumas de nós, as mais vulneráveis à males psíquicos, suicidavam-se retirando todo o ar de suas câmaras. E no meio daquele tenso clima, nenhuma alegria poderia ser comparada àquela quando o senhor de uniforme retirava uma de nós. Seria dali para o mundo. Não fazíamos a menor idéia, infelizmente, para onde estávamos indo, mas por mais que gostássemos umas das outras, nós seríamos jogadas!! Proporcionaríamos a alegria de várias pessoas simplesmente sendo quem éramos. Bolas.
Até que meu dia chegou. Na verdade nem vi que havia sido a escolhida até que fui entregue a um rapaz de bigode, com jeito de pastor evangélico. Fiquei efusivamente feliz quando em uma manhã ele me pegou me pôs no carro e me levou para o campo. Antes da partida, estava me sentindo uma garrafa de Coca-Cola no Saara. Todos me pegavam, olhavam, mexiam, reviravam, tentavam algumas embaixadas. Não podia conter-me de tão feliz. Até que o imbróglio que vocês chamam de futebol começou.
Chutes desnecessariamente fortes e completamente tortos me esmagavam contra a grade ou a mureta que circunda a quadra. Tentativas de dribles que fariam com que um polvo se sentisse o próprio Zidane ante tamanha barafunda. Pisões, que reduziam minha espessura a de um pastel de feira, e outras situações tão desagradáveis que a simples lembrança faz-me tremer de raiva.
Determinado dia minha fúria era tanta que decidi que iria fustigar o próximo que ousasse me tocar. Infelizmente era um goleiro. Pelo barulho que fez quando me choquei violentamente contra seu dedo acho que quebrei a mão do pobre rapaz. Peça desculpas a ele se o vir novamente.
Resolvi então que não poderia continuar ali, no meio daqueles trolls de chuteiras e calções. Decidi, por isso, fugir. Embalei-me em um jornal caído no chão e rolei até o primeiro aeroporto que encontrei. Esperei um avião de entrega e, enquanto os carregadores faziam seu trabalho escondi-me no trem de pouso da aeronave. Aguardei o momento em que o avião sobrevoasse algum campo de futebol para que eu me jogasse lá embaixo. A queda seria dolorosa, mas nada comparada às foices que vocês carregam no lugar das pernas.
Mas para minha sorte, hoje acredito ter sido, sofremos uma violenta turbulência e desequilibrei-me e acabei caindo em uma remota ilha no meio do Atlântico. Achei que estaria fadada a virar casa para algum tipo de crustáceo da ilha. Quando,repentinamente, alguém me ergueu, me olhou e me levou com ele.
Hoje sou parte da vida dele. Ele conversa comigo, pintou meu rosto, me colocou uma espécie de cocar indígena para que não sofresse com o calor dos trópicos, me deu até um NOME!!! Enfim. Sou tratada como uma verdadeira amiga.
Decidi mandar esta carta para que soubessem o que nós bolas sentimos quando somos maltratadas e esboroadas por ogros feito vocês. Já ouviram falar de futebol-arte? Pelo que sofri nos próprios gomos não. Aprendam que podemos ser um instrumento de alegria e prazer, mas quando queremos podemos ser cruéis com aqueles que fazem por merecer. Mando-lhes uma foto para saberem que estou completamente bem e feliz, agora, longe de vocês.

Desejo melhor sorte à minha sucessora.    
Sem mais,

WILSON TOPPER e TOM HANKS

De Qualquer lugar numa ilha do Atlântico."
(Muitos Rsrs)

É isso senhores, com o mistério resolvido finda-se mais uma semana.
E amanhã senhores, preparem-se. É dia de futebol!!!!

Um grande abraço e até amanhã!!!!!!

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